sexta-feira, 15 de abril de 2011

Entrevista ao jornal O Globo

GODOFREDO NETO

O GLOBO: Qual é a sua opinião sobre cotas?

GODOFREDO NETO: Somos favoráveis à democratização do acesso através de ações afirmativas. Para o sucesso dessas ações é fundamental que haja definições claras da política que garanta a permanência dos alunos na universidade. As cotas sociais permitem o acesso de um grupo social que hoje não tem garantias de chegar à universidade pública, mas representam ações emergenciais e não podem ser uma política perene. Todos os jovens devem ter acesso ao ensino superior, público, gratuito e de qualidade, independentemente de sua condição social. A universidade pública tem o dever de atuar na capacitação de professores para ajudar a melhorar a qualidade do ensino básico.

Somos favoráveis à democratização do acesso através de ações afirmativas (Godofredo)

Como vê a adesão da UFRJ ao Enem/Sisu?

NETO: A adesão aumenta a mobilidade estudantil, o que é positivo. Participaremos do sistema, mas não de forma acrítica. O conteúdo e o formato das provas devem ser revistos pelas instituições de ensino superior, pois as realidades regionais e institucionais devem ser contempladas nos exames.

Quais os seus planos para alojamento universitário e assistência estudantil?

NETO: Nossa proposta é criar uma Pró-Reitoria de Assuntos Estudantis e Comunitários para colocar em prática o Plano Nacional de Assistência Estudantil, que busca apoiar a permanência de estudantes de baixa renda matriculados em cursos de graduação. O objetivo é viabilizar a igualdade de oportunidades entre os estudantes e contribuir para a melhoria do desempenho acadêmico, a partir de medidas para combater situações de repetência e evasão. A pró-reitoria irá desenvolver programas e ações articuladas às demais políticas institucionais, em áreas estratégicas como: moradia estudantil, alimentação, transporte, assistência à saúde, inclusão digital, cultura, esporte e lazer, creche e apoio pedagógico.

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